'Agora é assim, de um lado a poesia, o verbo, a saudade.. '

quarta-feira, 19 de março de 2014

Motivos para nao dizer eu te amo todos os dias

Não preciso dizer “eu te amo”. Eu meio que já faço isso quando o meu primeiro ato ao acordar é te mandar mensagem. Se eu acordei pensando em você, só pode ser amor. Digo “eu te amo” com outras palavras quando passo para te buscar no trabalho de surpresa, sugerindo ir ao seu restaurante favorito ou simplesmente te acompanhando até sua casa. Não digo “eu te amo”, mas digo o que você pode fazer numa situação chata em seu trabalho ou com a sua família, já que você não consegue pensar direito no melhor caminho a seguir. Ao invés de falar “eu te amo”, passo na sua casa todo dia à noite para falarmos exatamente o que já falamos no decorrer do dia, da semana, do mês ou do ano, pois sei que amar é redundância e estar apaixonado é pleonasmo. Substituo um “eu te amo” com beijos antes de abrir os olhos, dormir de conchinha, carinho na cabeça e pernas sobre pernas. Falo “eu te amo” quando sugiro uma viagem em cima da hora, ajuda para fazer compras e opiniões sobre roupas que você deve comprar ou não. Prefiro rir junto com você de uma piada boba e forçada feita após um longo silêncio do que um simples “eu te amo”. Ofereço ficar na cama contigo por mais duas horas, mesmo com fome, só pelo prazer de estar em sua companhia, no lugar de um “eu te amo”. Gosto mais de te ajudar quando você não sabe qual remédio tomar para a garganta ou quando precisa de companhia para o médico do que falar um “eu te amo” solto, sem graça.
Em um “eu te amo” o amor cabe uma única vez. Mas o amor cabe inúmeras vezes em atos de afeto. Troco um milhão de “eu te amo” por atitudes, porque eu amo você.

Retirado: http://umsentimentopordia.com.br/motivos-para-nao-dizer-eu-te-amo-todos-os-dias/

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Amor

" Foi, de longe,
a melhor coisa 
da minha vida…


… ainda é!


ainda que longe." 


Samuel Baeta.

sábado, 20 de julho de 2013

é..

“Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.” Caio Fernando Abreu

sábado, 8 de junho de 2013

RITUAIS DE PAIXÃO

RITUAIS DE PAIXÃO
Por Silvia Mendonça

No dilúvio da noite,
a arca do teu corpo em mim navega.
...perdido entre minhas longitudes
e teus trópicos de desassombro.

Neste nosso encontro de carnes,
a vida baila na coreografia do reconhecimento.
...na geografia dos nossos corpos,
tocas meus continentes de eternidade.

Montas meus flancos de mulher
com teus rituais de homem.
...envolve-me em sentimentos corsários
enxuga-me em teus flamejantes desejos.

Vens com promessas esgarçadas,
pecados de coral, corando-me,
...entre angras de ternura
acampas em mim para indagar de ti.

És escuna flutuando
em meus litorais secretos.
...és náufrago perdido
em minhas ilhas de êxtases.

Quando, à meia-noite,
os ponteiros se amam,
...entrego-te o colar dos minutos
que passamos juntos.

Teus dedos ainda tateiam
sobre a pele da manhã despudorada,
...revelando o sátiro vestido
de neblina entre árvores despidas.

Em meu corpo, o rito da chegada
dá lugar à celebração do amor.
...em teu corpo, minhas sensações
enroscam-se na tapeçaria da paixão.

De noite em noite,
vamos inventando o dia...
... o dia em que serei tu
à minha espera.

Neste momento o sol chega
em pranchas de nuvens.
Agora sou terra
... e tu florindo em mim.

[* Inspirado em frases de "Rituais",
de Paulo Bomfim e Dudu Santos]

[MENDONÇA, Silvia - Recanto das Letras - URL: http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1391512 - 18/01/2009]

[Foto: Google]

sábado, 11 de maio de 2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Carrapatinn

"Como dois estranhos, cada um na sua estrada, nos deparamos numa esquina, num lugar comum.
E aí? Quais são seus planos? Eu até que tenho vários. 
Se me acompanhar, no caminho eu posso te contar. E mesmo assim, eu queria te perguntar se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar, se tem espaço de sobra no seu coração. 
Quer levar minha bagagem ou não? 
E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem, e você vai me ensinar as suas verdades, e se pensar, a gente já queria tudo isso desde o inicio. 
De dia, vou me mostrar de longe. De noite, você verá de perto. O certo e o incerto, a gente vai saber. 
E mesmo assim, queria te contar que eu tenho aqui comigo alguma coisa pra te dar. 
Tem espaço de sobra no meu coração. 
Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão."
                                                                                                                                      Tiê

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

"Muito prazer, meu nome é otário. Vindo de outros tempos mas sempre no horário, peixe fora d’água, borboletas no aquário. Muito prazer, meu nome é otário, na ponta dos cascos e fora do páreo, puro sangue puxando carroça. Um prazer cada vez mais raro, aerodinâmica num tanque de guerra, vaidades que a terra um dia há de comer. Ás de espadas fora do baralho, grandes negócios, pequeno empresário. Muito prazer, me chamam de otário… Por amor às causas perdidas. Tudo bem… até pode ser que os dragões sejam moinhos de vento. Tudo bem… seja o que for, seja por amor às causas perdidas. Muito prazer, ao seu dispor, se for por amor às causas perdidas."

Engenheiros do Hawaii, Dom Quixote.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Te digo então que é mentira essa coisa toda de "não deu"

"É mentira que fomos a história mais bonita que mereceu um filme, um livro ou um disco inteiro de rimas pra todo mundo cantar junto. Fomos a coisa mais imprecisa que esse mundo já viu, o incerto tão torto que nem era pra acontecer, a loucura mais insana de amor que alguém um dia cometeu. Não é exagero, é que vivemos literalmente de mãos dadas a espontânea fe-li-ci-da-de, uma palavra que não se encontra mais por aí em qualquer lugar. Amamos a gosto e contragosto, com dor, calor, verdades e mentiras mal contadas entre os mais sinceros beijos e abraços de partidas e chegadas. Cuidamos um do outro como quem não espera o outro dia acontecer. E realmente, não vimos o sol do próximo dia nascer.

Te digo então que é mentira essa coisa toda de "não deu", esse resquício de foi-mas-não-foi, as perguntas do tipo: como é mesmo que isso se deu, baby? Não faz diferença o que aconteceu, nem pra onde a gente foi no depois que passou. Porque eu sei que pra vida toda é o que a gente carrega no peito, e não simplesmente no andar junto de mãos dadas pra sempre." 


Como dois estranho, Página.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Tentou.. e nao deu nada!

"E com uma letra bem pequena, lá estava escrito no seu epitáfio: Tentou ser, não consegui; tentou ter, não possuiu; tentou continuar, não prosseguiu; e nessa vida de expectativas frustradas tentou até amar… Pois bem, não consegui, e aqui está."

Dom Casmurro

terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Você é minha palavra predileta da frase que eu mais admiro da poesia que eu mais gosto." 
Matando mentiras

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Adeus, meu amor!

"Adeus, meu amor, logo nos desconheceremos. 
Mudaremos os cabelos, amansaremos as feições, apagarei seus gostos e suas músicas. 
Vamos envelhecer pelas mãos. 
Não andarei segurando os bolsos de trás de suas calças. 
Tropeçarei sozinho em meus suspiros, procurando me equilibrar perto das paredes. 
Esquecerei suas taras, suas vontades, os segredos de família. 
Riscarei o nosso trajeto do mapa. 
Farei amizade com seus inimigos. 
Sua bolsa não se derramará sobre a cadeira. 
Não poderei me gabar da rapidez em abrir seu sutiã. 
Vou tirar a barba, falar mais baixo, fazer sinal da cruz ao passar por igrejas e cemitérios. 
Passarei em branco pelos aniversários de meus pais, já que sempre me avisava. 
O mar cobrirá o desenho das quadras no inverno. 
As pombas sentirão mais fome nas praças.
Perderei a seqüência de sua manhã - você colocava os brincos por último. 
Meus dias serão mais curtos sem seus ouvidos. 
Não acharei minha esperança nas gavetas das meias. 
Seus dentes estarão mais colados, mais trincados, menos soltos pela língua. 
Ficarei com raiva de seu conformismo. 
Perderei o tempo de sua risada. 
A dor será uma amizade fiel e estranha. 
Não perceberei seus quilos a mais, seus quilos a menos, sua vontade de nadar na cama ao se espreguiçar. 
Vou cumprimentá-la com as sobrancelhas e não terei apetite para dizer coisa alguma. 
Não olharei para trás, para não prometer a volta. Não olharei para os lados, para não ameaçá-la com a dúvida. Adeus, meu amor, a vida não nos pretende eternos. 
Haverá a sensação de residir numa cidade extinta, de cuidar dos escombros para levantar a nova casa.
Adeus, meu amor. 
Não faremos mais briga em supermercado, nem festa ao comprar um livro. 
Não puxaremos assunto com os garçons. 
Não receberemos elogios de estranhos sobre nossas afinidades. 
Não tocaremos os pés de madrugada. 
Não tocaremos os braços nos filmes. 
Não trocaremos de lado ao acordar. 
Não dividiremos o jornal em cadernos. 
Não olharemos as vitrines em busca de presentes. 
O celular permanecerá desligado. 
Nunca descobriremos ao certo o que nos impediu, quem desistiu primeiro, quem não teve paciência de compreender. 
Só os ossos têm paciência, meu amor, não a carne, com ânsias de se completar. 
Não encontrará vestígios de minha passagem no futuro. 
Abandonará de repente meu telefone. 
Na primeira recaída, procurará o número na agenda. Não estava em sua agenda. Não se anota amores na agenda. 
Na segunda recaída, perguntará o que faço aos conhecidos. 
As demais recaídas serão como soluços depois de tomar muita água. 
Adeus, meu amor. 
Terá filhos com outros homens. 
Terá insônia com outros homens. 
Desviará de assunto ao escutar meu nome. 
Adeus, meu amor." 


Fabrício Carpinejar

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Como dois estranhos

‎"Talvez um dia ela fuja, com o braço apoiado na janela do seu carro e uma mão descansando no volante, olhos firmes no horizonte. Se descubra do outro lado do Atlântico, quem sabe? Não se sabe. Mas, a verdade é que agora ela só quer tomar um chá quente e adormecer sem medo de sorrir. 
Ela quer acordar amanhã e poder dizer que gosta de Viver. E que sim, ela pode ouvir suas baladas românticas, usar seus argumentos repetitivos, sentir medos e angústias e continuar. Porque eu sei que ela pode ser ela mesma." 

Como Dois Estranhos

domingo, 10 de junho de 2012

Ao amor da minha vida..


Essa vontade louca de querer abraçar-te,
Essa ânsia de querer beijar-te,
Esse desejo eterno de querer contigo ficar
E essa distancia sem fim,
Me embriagam e me matam todas as noites..


Mas, é como se fosse uma droga, 
e eu já viciada,
Peço mais uma dose..




Amora

terça-feira, 29 de maio de 2012

sábado, 26 de maio de 2012

"...você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente"

Caio F.Abreu

sexta-feira, 16 de março de 2012


Certo dia me perguntaram:

-Por que você se apaixonou?

Eu respondi:

-Não sei.. E talvez continue não sabendo.
Eu simplesmente amo, acordo e vou dormir com ele nos meus pensamentos..


.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ele.. Ela.. Eles ♥







ELE anda cansado das baladas e dos casos furtivos sem sentimentos. Aprendeu a gostar da própria companhia, sem precisar estar em uma turma de amigos todos os sábados. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que traga um sabor doce às suas manhãs, que seja a melhor companhia para olhar a lua. Que ele possa exibir os seus dons na cozinha e o seu conhecimento em vinhos, só para ela.
Quer uma mulher que ele reconheça pelo cheiro dos cabelos, pelo toque dos dedos, pela gargalhada que vai ecoar pela casa transformando um domingo sem graça, no melhor dia da semana. Quer viver uma paixão tranqüila e turbulenta de desejos… quer ter para quem voltar depois de estar com os amigos, sem precisar ficar “caçando” companhias vazias e encontros efêmeros. Quer deitar no tapete da sala e ficar observando enquanto ela, de short jeans, camiseta e um rabo de cavalo, lê um livro no sofá, quer deitar na cama desejando que ela saia do banho com uma lingerie de tirar o fôlego.
Quer brincar de guerra de travesseiros, até que o perdedor vá até a cozinha pegar água. Quer o poder que nenhum dos seus super heróis da infância tiveram… o poder de amar sem medo, sem perigo e sem ir embora no dia seguinte.
Quer provar que pode fazer essa mulher feliz!

ELA quase deixou de acreditar que seria possível ter vontade de se envolver novamente. Foram tantas dores, finais, recomeços e frustrações que pensou em seguir sozinha para não mais se machucar. Então percebeu que a vida de solteira já não está fazendo tanto sentido. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que possa acordá-la com um abraço que fará o seu dia feliz, quer um homem que ela possa cuidar e amar sem receios de que está sendo enganada. Quer a alegria dos finais de semana juntinhos, as expectativas dos planos construídos, o grito de “gol” estremecendo a casa quando o time dele estiver ganhando… a cumplicidade em dividir os segredos.
Quer observá-lo sem camisa, lendo o jornal na varanda… quer reclamar da bagunça no banheiro, rindo e gritando quando ele revidar puxando-a para o chuveiro, completamente vestida.
Quer a certeza de abrir a porta de casa e saber que mesmo ele não estando, chegará a qualquer momento trazendo o brigadeiro da doceria que ela gosta tanto. Quer beijar, cheirar, morder, beliscar e apertar para ter certeza que a felicidade está ali mesmo… materializada nele.
Quer provar que pode fazer esse homem feliz!

ELES estão por aí… sonhando um com o outro… talvez ainda nem se conheçam… mas é só uma questão de tempo, até o destino unir essas vidas que se complementam e estão ávidas para amar e fazer o outro feliz.
Ou alguém duvida que o universo traz aquilo que desejamos?