.
A alma de uma mulher é fluida como um oceano que nos atrai para o fundo.
Navegada com arte, deixar-se-á cortar pelas proas que singram o azul das águas profundas.
A alma feminina também é dura e resistente como uma jóia não lapidada, cuja beleza se esconde, à espera. Açodada, encolherá, sem sucumbir, posto que é forte.
Mas sofrerá com coisas banais.
Tua alma renasce ao som de uma palavra, à sombra de um gesto.
Se eu soubesse dessa fluidez salgada, teria soltado as amarras, cortado as espias, folgado os lançantes. Se eu soubesse, teria pulado do cais.
.
.